Política curricular de Educação de Jovens e Adultos (EJA): considerações sobre o cotidiano da prática docente
DOI:
https://doi.org/10.23864/cpp.v6i14.476Palavras-chave:
Educação de Jovens e Adultos, Formação de professores, Prática docenteResumo
Este estudo objetiva analisar os relatos dos professores frente a política curricular de Educação de Jovens e Adultos (EJA) implantada no ano de 2009 no estado da Bahia. A abordagem metodológica que subsidiou este estudo é de cunho qualitativo e teve como campo de investigação quatro escolas estaduais do município de Vitória da Conquista, Bahia, que funcionam no turno noturno com a modalidade EJA - II segmento. A entrevista semiestruturada foi um instrumento de produção de dados realizada com quatro professores de Ciências que se dispuseram participar dessa investigação. Os resultados mostram que as políticas públicas educacionais precisam garantir aos professores uma formação que lhes permitam atender às demandas e às especificidades da EJA. Mostram, ainda, que no cotidiano da prática, os professores se deparam com diversos desafios, impulsionando-os a reinventar ações pedagógicas que atendam a complexidade do contexto em que estão inseridos.Referências
APPLE, M. W. Repensando Ideologia e Currículo. In: MOREIRA, A. F. B.; SILVA, T. T. (Org.). Currículo, cultura e sociedade. São Paulo: Cortez, 1995. p. 39-57.
APPLE, M. W.; BEANE, J. (Org.). Escolas democráticas, 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
ARROYO, M. G. Educação de jovens-adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, L.; GIOVANETTI, M. A. G. C.; GOMES, N. L. (Org.). Diálogos na educação de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. p. 19-50.
ARROYO, M. G. Balanço da EJA: o que mudou nos modos de vida dos jovens adultos populares? Revista de Educação de Jovens e Adultos, Belo Horizonte, v. 1, n. 0, p. 5-19, ago. 2007. Disponível em: http://mariaellytcc.pbworks.com/f/REVEJ@_0_MiguelArroyo.pdf Acesso em: 17 jun. 2017.
ARROYO, M. G. Formar educadores e educadoras de jovens e adultos. In: SOARES, L. J. G.; GIOVANETTI, M. A.; GOMES, N. L. Formação de educadores de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001493/149314porb.pdf Acesso em: 26 nov. 2018.
AYRES, A. C. M.; SELLES, S. E. História da formação de professores: diálogos com a disciplina escolar Ciências no ensino fundamental. Ensaio, Belo Horizonte, v. 14, n. 2, p. 95-107, maio/ago., 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/epec/v14n2/1983-2117-epec-14-02- 00095.pdf Acesso em: 14 set. 2018.
BAHIA. Secretaria da Educação. Coordenação de Educação de Jovens e Adultos. Política de EJA da Rede Estadual. Aprendizagem ao Longo da Vida. Salvador: Secretaria da Educação, 2009. Disponível em: http://www.sec.ba.gov.br/jp2011/documentos/Proposta_da_EJA.pdf Acesso em: 26 jul. 2017.
BARCELOS, V. Formação de professores para educação de jovens e adultos. 6. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
BARCELOS, V.; DANTAS, T. R. Políticas e práticas na Educação de Jovens e Adultos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental. Proposta curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do Ensino Fundamental 5ª a 8ª séries. Brasília: MEC/SEF, 2002.
CARMO, E. M.; SELLES, S. E.; ESTEVES, M. Concepções de professores de Biologia sobre a profissão docente. Educação, Sociedade & Culturas, Porto, v. 44, p. 87-106, 2015. Disponível em: http://www.fpce.up.pt/ciie/sites/default/files/ESC44_Medeiros.pdf Acesso em: 19 dez. 2018.
CARRANO, P. Educação de jovens e adultos e juventude: o desafio de compreender os sentidos da presença dos jovens na escola da segunda chance. REVEJ@: Revista de Educação de Jovens e Adultos. 2007. Disponível em:
http://www.reveja.com.br/revista/0/artigos/REVEJ@_0_PauloCarrano.pdf Acesso em: 19 nov. 2018.
CARVALHO, A. M. P.; GIL-PÉREZ, D. A formação de professores de ciências: tendências e inovações. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2009.
CASSAB, M. Educação de Jovens e Adultos, educação em ciências e currículo: diálogos potentes. Educação em Foco, Juiz de Fora, v. 21, n. 1, p. 13-38, mar./jun. 2016. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/edufoco/article/view/19653 Acesso em: 19 nov. 2018.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 54. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016.
GADOTTI, M. Educação de adultos como direito humano. Em Debate, Florianópolis, ano 2, n. 2. p. 12-27, jul. 2013. Disponível em: http://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/EJA/article/view/1004/pdf Acesso em: 29 out. 2018.
GADOTTI, M.; ROMÃO J. E. Educação de Jovens e adultos: teoria, prática e proposta. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
HADDAD, S.; DI PIERRO, M. C. Escolarização de jovens e adultos. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, s/v, n. 14, p. 108-130, maio/ago., 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n14/n14a07 Acesso em: 05 nov. 2018.
LIBÂNEO, J. C. Políticas educacionais no Brasil: desfiguramento da escola e do conhecimento escolar. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 46, n. 159, p. 38-82, jan./mar. 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v46n159/1980-5314-cp-46-159-00038.pdf Acesso em: 21 out. 2018.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LOPES, A. C.; MACEDO, E. Teorias de currículo. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
LOPES, A. C. Políticas de currículo: mediação por grupos disciplinares de ensino de Ciências e matemática. In: LOPES, A. C.; MACEDO, E. (Org.) Currículo de Ciências em debate. Campinas: Papirus, 2004.
MINAYO, M. C. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: Hucitec, 2014.
MOREIRA, A. F. B.; CANDAU, V. M. Educação escolar e cultura(s): construindo caminhos. In: Educação como exercício de diversidade. Brasília: UNESCO; MEC; ANPEd, 2005.
NÓVOA, A. et al. Pesquisa em educação como processo dinâmico, aberto e imaginativo: uma entrevista com António Nóvoa. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 36, n. 2. p. 533-543, maio/ago. 2011. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/21170/12923 Acesso em: 17 set. 2018.
NÓVOA, A. (coord). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1997.
OLIVEIRA, M. O. M. Políticas, cultura e currículo: referenciais para uma análise crítica na EJA. In: BARCELOS, V.; DANTAS, T. R. Políticas e práticas na Educação de Jovens e Adultos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015. p. 53-74.
ROCKWELL, E.; EZPELETA, J. A escola: relato de um processo inacabado de construção. Currículo sem Fronteiras, v. 7, n. 2, p. 131-147, jul./dez. 2007. Disponível em: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol7iss2articles/rockwell-ezpeleta.pdf Acesso em: 15 nov. 2018.
SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SOARES, L. S. Educação de Jovens e Adultos: o que revelam as pesquisas. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 17. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
TARDIF, M.; RAYMOND, D. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério. Educação & Sociedade, Campinas, v. 21, n. 73, p. 209-244, dez. 2000. Disponível emhttp://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302000000400013&script=sci_abstract&tlng=pt Acesso em: 07 jun. 2018.
UNESCO. Declaração mundial sobre educação para todos e plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien, Tailândia: UNESCO, 1990. Disponível em: https://abres.org.br/wp-content/uploads/2019/11/declaracao_mundial_sobre_educacao_para_todos_de_marco_de_1990.pdf Acesso em: 21 abr. 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
TERMO DE RESPONSABILIDADE Título do trabalho: Nome completo do (s) autor (es): O(os) autor(es) vem por meio desta declarar que o trabalho acima citado, enviado para publicação na Revista COM A PALAVRA, O PROFESSOR é um trabalho original, que não foi ou está sendo publicado em outro periódico, quer seja no formato impresso ou eletrônico. Declaro (amos), também que: 1)O presente trabalho está em conformidade com os Artigos 297 a 299 do Código Penal, Decreto-Lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940; da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, sobre os Direitos Autorais. 2)Participei (amos) da construção do trabalho e desejo (amos) tornar pública nossa responsabilidade referente ao seu conteúdo. 3)Declaro (amos) que o uso de qualquer marca registrada ou direito autoral dentro do manuscrito foi creditado a seu proprietário ou a permissão para usar o nome foi concedida. 4)Declaro (amos) que todas as afirmações contidas no manuscrito são verdadeiras ou baseadas em pesquisa com provável exatidão. 5)Caso o trabalho envolva seres humanos, enviaremos também a autorização do Comitê de Ética e Pesquisa.