“Quem acredita sempre alcança”: limites e perspectivas do trabalho colaborativo em Educação Matemática na escola de tempo integral em um projeto de investigação

Autores

  • Bruna Mendes Muniz Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira. http://orcid.org/0000-0002-0609-228X
  • Klinger Ciríaco Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, São Carlos-SP. http://orcid.org/0000-0003-1694-851X
  • Harryson Júnio Lessa Gonçalves Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira. http://orcid.org/0000-0001-5021-6852

DOI:

https://doi.org/10.23864/cpp.v6i14.594

Palavras-chave:

Pesquisa em Educação Matemática. Grupo Colaborativo. Educação Integral.

Resumo

Em Quem acredita sempre alcança destacamos elementos constitutivos de um projeto de investigação de mestrado em Ensino e Processos Formativos, vinculado à linha de pesquisa Educação Matemática da UNESP, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira-SP, cuja proposta inicial residia na possibilidade de constituição de um grupo de trabalho colaborativo na escola de tempo integral. Dadas as especificidades, mudanças no percurso metodológico da produção de dados foram necessárias à conclusão do estudo que, mais tarde, se configuraria na dissertação. Frente a possibilidade de avançar no debate teórico do campo da pesquisa em Educação Matemática, no contexto de grupos colaborativos, entendemos ser este artigo um contributo no sentido de ousar, em termos de produção do conhecimento, ao narrar itinerários vividos pela pesquisadora como estudante de um programa de pós-graduação, dos prazos da academia e ainda dos sentimentos que a escrita gera à figura pessoal e profissional daqueles/daquelas que estão na linha de frente de projetos de estudos: mestrandos e/ou doutorandos. Os limites referem-se aos ajustes necessários quando imprevistos acontecem, variáveis do processo investigativo não controladas pelo pesquisador, os quais demandam respostas imediatas para o avanço na escrita do trabalho. Nesta direção, em termos de perspectivas, acreditamos que a mudança/os ajustes postos ao referencial da pesquisa representam maturidade acadêmica e saber agir perante as possibilidades que o trabalho anuncia, as quais delineiam-se fontes ricas e promissoras de novas investigações

Referências

AZEVEDO, P. D. de. O conhecimento matemático na Educação Infantil: o processo de formação continuada de um grupo de professoras. In: 36ª Reunião Anual da ANPED, Goiânia GO, 2013. Disponível em: http://www.anped.org.br/sites/default/files/gt19_3376_texto.pdf. Acesso em: 30 mar. 2016.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2006.

BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília: 1º edição, 1997.

BRASIL. [Plano Nacional de Educação (PNE)]. Plano Nacional de Educação 2014-2024 [recurso eletrônico]: Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2014.

CARVALHO, D.L. Metodologia do ensino de Matemática. São Paulo: Cortez, 1994.

CAVALIERI, A. M. V. A escola de educação integral: em direção a uma educação escolar multidimensional. 1996. 280f. Tese. (Doutorado) Universidade Federal do Rio de Janeiro: FE-UFRJ, 1996.

CIRÍACO, K. T. Professoras iniciantes e o aprender a ensinar Matemática em um grupo colaborativo. Presidente Prudente, SP, 2016, 334f. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Faculdade de Ciências e Tecnologia. 2016. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/139512/ciriaco_kt_dr_prud.pdf?sequence=3&isAllowed=y. Acesso em: 28, maio, 2018.

DAMIANI, M. F. Entendendo o trabalho colaborativo em educação e revelando seus benefícios. Educar, Curitiba, n. 31, p. 213-230, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/er/n31/n31a13. Acesso em: 08 set. 2013.

DAMBROSIO, B. S.; LOPES, C. S. Insubordinação Criativa: um convite à reinvenção do educador matemático. Boletim de educação matemática (Bolema), Rio Claro, v. 29, n. 51, p. 1-17, abr. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/bolema/v29n51/1980-4415-bolema-29-51-0001.pdf. Acesso em: 29, maio, 2020.

FAZENDA, I. Interdisciplinaridade-Transdiciplinaridade: visões culturais e epistemológicas. In: FAZENDA, I (Org) O que é interdiciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008. p. 1728.

FIORENTINI, D.; NACARATO, A. M. (Org.) Cultura, formação e desenvolvimento profissional de professores que ensinam matemática: investigando e teorizando a partir de prática. São Paulo: Musa Editora, 2005.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia Saberes necessários à prática educativa. 12ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1991.

FULLAN, M.; HARGREAVES, A. A escola como organização aprendente: buscando uma educação de qualidade. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

GADOTTI, M. Educação integral no Brasil: inovações em processo. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2009.

GAMA, R. P. Desenvolvimento profissional com apoio de grupos colaborativos: o caso de professores de matemática em início de carreira. 2007. 236f. Tese (Doutorado) Faculdade de Educação/Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, 2007. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/252052. Acesso em: 9, ago. 2018.

GAMA, R. P.; NAKAYAMA, B. C. M. S. Rede colaborativa de professores que ensinam Matemática: articulando ensino, pesquisa e extensão. Zetetiké: Revista de Educação Matemática FE/UNICAMP & FEUFF v. 24, n. 45 jan/abr-2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8646529/13429. Acesso em: 23 jan. 2017.

GONÇALVES, A. S. Reflexões sobre educação integral e escola de tempo integral. Cadernos CENPEC Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária. São Paulo, n° 2, p.129-135, segundo semestre de 2006. Disponível em: http://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/136/168. Acesso: 26, maio, 2018.

GOUVEIA, M. J. A. Educação integral com a infância e a juventude. In: Educação integral. Cadernos Cenpec, São Paulo, nº. 2, p. 77-85, segundo semestre de 2006.

LOPES; A. R. L. V.; ARAÚJO, E. S.; CEDRO, W. L.; MOURA, M. O. Trabalho coletivo e organização do ensino de matemática: princípios e práticas. Zetetiké: Revista de Educação Matemática FE/UNICAMP & FEUFF v. 24, n. 45 jan/abr-2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8646526/13426. Acesso em: 23 jan. 2017.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, Editora Pedagógica e Universitária, 1986.

MARTINS, S. T. F. Educação científica e atividade grupal na perspectiva sócio-histórica. Ciência & Educação, Bauru, v. 8, n. 2, p. 227-235, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ciedu/v8n2/07.pdf. Acesso em: 13, mar. 2018.

MUNIZ, B. M. Pra Não Dizer que Não Falei das Flores: estudo bibliométrico da escola integral e dos grupos colaborativos em Educação Matemática. 2019. 135f. Dissertação (Mestrado em Ensino e Processos Formativos). Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho FEIS/UNESP, 2019. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/181294/muniz_bm_me_ilha.pdf?sequence=3&isAllowed=y. Acesso em: 13, mar. 2020.

MUNIZ, B. M.; CIRÍACO, K. T. Constituição de um grupo colaborativo em Educação Matemática na escola de tempo integral: uma alternativa de trabalho? Anais do IV Simpósio Nacional de Grupos Colaborativos e de Aprendizagem do Professor que Ensina Matemática IV Jornada de Estudos do GEEM. 2018. Vitória da Conquista, Bahia. ISSN: 2358-906X. Disponível em: https://proceedings.science/geem/geem-2018/papers/constituicao-de-um-grupo-colaborativo-em-educacao-matematica-na-escola-de-tempo-integral--uma-alternativa-de-trabalho-. Acesso em: 26, mar. 2020.

MUNIZ, B. M.; CIRÍACO, K. T.; GONÇALVES, H. J. L. Trabalho Colaborativo e Escola de Tempo Integral: para onde os estudos nos orientam? (2008-2018). Revista de Educação Matemática, v. 17, p.1-23. 18 jan. 2020. Disponível em: https://revsbem.homologacao.emnuvens.com.br/REMat-SP/article/view/309/pdf. Acesso em: 23, abr.2020.

MUNIZ, B. M.; GONÇALVES, H. J. L.; CIRÍACO, K. T. Escola de tempo integral: alguns apontamentos. In: Anais da IX Jornada Nacional de Educação e VII Colóquio Nacional de Ciências Sociais. Formação de Professores, Identidade Profissional e Processos de Ensino/Aprendizagem de Conceitos ISSN 2178-2431, 17 a 21 de outubro de 2017, UFMS, Câmpus Naviraí. p.101-106. Disponível em: Acesso em: https://jornadaecoloquio.ufms.br/files/2016/02/ANAIS_Jornada_Col%C3%B3quio_EDI%C3%87%C3%83O-2017.pdf. 30, fev. 2018.

NACARATO, A. M. A escola como lócus de formação e de aprendizagem: possibilidades e riscos da colaboração. In: FIORENTINI, D.; NACARATO, A. M. (Org.) Cultura, formação e desenvolvimento profissional de professores que ensinam matemática: investigando e teorizando a partir de prática. São Paulo: Musa Editora, 2005. p.175-195.

PONTE, J. P. Da formação ao desenvolvimento profissional. Actas da Profmat 98,Lisboa, APM, 1998. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/artigos-por-temas.htm. Acesso em: 13, mar. 2017.

ROCHA, L. P.; FIORENTINI, D. Percepções e reflexões de professores de Matemática em início de carreira sobre seu desenvolvimento profissional. In: FIORENTINI, D.; GRANDO, R. C.; MISKULIN, R. G. S. (orgs.). Práticas de Formação e de Pesquisa de Professores que Ensinam Matemática. Campinas SP: Mercado de Letras, 2009. p.125-145.

Downloads

Publicado

2021-05-01

Como Citar

Muniz, B. M., Ciríaco, K., & Gonçalves, H. J. L. (2021). “Quem acredita sempre alcança”: limites e perspectivas do trabalho colaborativo em Educação Matemática na escola de tempo integral em um projeto de investigação. Com a Palavra, O Professor, 6(14), 118–145. https://doi.org/10.23864/cpp.v6i14.594