Percepções de professores que ensinam matemática participantes de um grupo de estudos colaborativo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23864/cpp.v6i14.626

Palavras-chave:

Formação de Professores que Ensinam Matemática, Grupo colaborativo, Narrativas de aulas, Pensamento Algébrico

Resumo

Nesta pesquisa, defendemos a contribuição de espaços híbridos, como os grupos colaborativos, para a diminuição do distanciamento entre os saberes da teoria e da prática, aproximar os diferentes saberes entre os futuros professores e professores, elementos acerca da insubordinação criativa e das narrativas de aulas para a aprendizagem docente e a ressignificação da identidade profissional do professor que ensina matemática. Para isso, trazemos as percepções dos professores participantes acerca do grupo de estudos Insubordinação Criativa em Educação Matemática ICEM, suas motivações, conhecimentos matemáticos para o desenvolvimento do Pensamento Algébrico nos anos iniciais, além do uso de narrativas de aulas com excertos de vídeos para ressignificações da docência. Assumimos a abordagem da Pesquisa Narrativa para nortear as ações e a análise das informações do estudo. A pesquisa tem caráter qualitativo e se caracteriza pela participação das pesquisadoras nas ações desenvolvidas pelo grupo. No estudo foram considerados textos de campo da pesquisa, entre eles: os registros escritos das pesquisadoras, fotos do grupo, registros reflexivos de professores e acadêmicos participantes do grupo. Os resultados demonstram que os participantes reconhecem que o grupo de estudos propicia a aprendizagem dos conhecimentos dos conteúdos associados ao desenvolvimento do pensamento algébrico, que as discussões suscitadas ao longo das atividades realizadas oportunizaram aprendizagens mútuas e o fortalecimento dos integrantes para resistir aos mecanismos de controle decorrentes das políticas vigentes.

Referências

Biológicas. In: CAINELLI, M.; FIORELI, I. (Org.). O estágio na licenciatura: a formação de professores e a experiência interdisciplinar na Universidade Estadual de Londrina. 1ed. Londrina: UEL, p.171 184, 2009.

BOAVIDA, A. M. R. Colaborando a propósito da argumentação na aula de Matemática. Quadrante, v. XV, n.1 e 2, 2006.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular BNCC, Brasília: Ministério da Educação, versão aprovada pelo CNE, novembro de 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf. Acesso em: 15 mar. 2018.

CANAVARRO, A. P. Ensino exploratório da matemática: práticas e desafios. Educação e Matemática, Lisboa, v. 115, n. 1, p. 11-17, 2011.

CLANDININ, D. J.; CONNELLY, F. M. Pesquisa Narrativa: Experiência e História em Pesquisa Qualitativa. 2ed. Uberlândia: EDUFU, 2015.

CYRINO, M. C. C. T. Desenvolvimento da identidade profissional de professores em comunidades de prática: elementos da prática. In: Anais do VI Seminário Internacional de Pesquisa em Educação Matemática - SIPEM 2015. Pirenópolis: SBEM, v. 1. p. 1-11, 2015.

DAMBROSIO, B. S.; LOPES, C. E. Insubordinação criativa: um convite à reinvenção do educador da matemática. BOLEMA: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, v. 29, n. 51, p. 1-17, 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1980-4415v29n51a01

FIORENTINI, D. Pesquisar práticas colaborativas ou pesquisar colaborativamente? In: M. de C. BORBA, J. de L. ARAÚJO (Orgs). Pesquisa Qualitativa em Educação Matemática. Belo Horizonte, 6ª ed, Editora Autêntica. 2019.

FIORENTINI, D.; CRECCI, V. Desenvolvimento Profissional docente: Um Termo Guarda-Chuva ou um novo sentido à formação? Revista Brasileira de Pesquisa Sobre Formação Docente. Belo Horizonte, v. 05, n. 8, p. 11-23, 2013.

FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. Investigação em educação matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas: Autores Associados, 2006.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 31 ed. São Paulo: Paz e Terra. 1996.

GARCIA, C. M. Formação de professores: para uma mudança educativa. Tradução: Isabel Narciso. Lisboa, Porto Editora, 1999.

HALL, V.; WALLACE, M. Collaboration as a Subversive Activity: A professional Response to Externally Imposed Competition between Schools? School Organisation, v.13, n.2, p.101-117, 1993.

HARGREAVES, A. Os professores em tempo de mudança: o trabalho e a cultura dos professores na idade Pós-Moderna. Portugal: MacGraw-Hill, 1998.

IMBERNÓN, F. Formação continuada de professores. Porto Alegre: Artimed, 2010.

IMBERNÓN, F. Formação permanente do professorado novas tendências. São Paulo: Cortez, 2009.

JOSSO, M. C. Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004.

JUNGBLUTH, A.; SILVEIRA, E.; GRANDO, R. C. O estudo de sequências na Educação Algébrica nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Educação Matemática Pesquisa. São Paulo, v.21, n.3, p. 96-118, 2019. DOI: https://doi.org/10.23925/1983-3156.2019vol21i3p96-118

KAPUT, J.; BLANTON, M. Algebrafying the elementary mathematics experience. Part I: Transforming Task Structure. Proceedings of the ICMI-Algebra Conference. Melbourne, Australia, 2011.

MAISTRO, V. I. A.; ARRUDA, S. M.; OLIVEIRA, V. L. B. A importância do Estágio

MIZUKAMI, M. da G. N. Formação de professores: tendências atuais. São Carlos: Edusfcar, v. 1, p. 59-89, 1996.

NACARATO, A. M. As narrativas de vida como fonte para a pesquisa autobiográfica em Educação Matemática. Perspectivas da Educação Matemática UFMS, Campo Grande, v. 8, número temático, p. 448-467, 2015.

NÓVOA, A. Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 2008.

Obrigatório como Tempo de Construção na Formação Inicial para Licenciandos de Ciências

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez (Coleção docência em formação. Séries saberes pedagógicos), 2004.

RODRIGUES, P. H. et al. A mídia vídeo na formação de professores que ensinam Matemática: análise e pesquisas brasileiras. Nuances, Presidente Prudente, v. 25, n.2, p. 148-169, 2014.

SANTANA, F. C. M.; BARBOSA, J. C. As Relações Pedagógicas em um Trabalho Colaborativo Envolvendo Professores de Matemática: do Conflito à Gestão. In: Márcia C. da C. T. Cyrino. Temáticas emergentes de pesquisas sobre a formação de professores que ensinam matemática: desafios e perspectivas. (p. 19-42). Brasília, DF: SBEM, 2018.

SCHÖN. D. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Tradução de Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

SHULMAN, L. S. Those who understand: knowledge growth in teaching. Educational Researcher, v. 15, n. 2, p. 4-14, 1986. Recuperado de: http://www.fisica.uniud.it/URDF/masterDidSciUD/materiali/pdf/Shulman_1986.pdf

SHULMAN, L.S. Knowledge and teaching: foundations of a new reform. Harvard Educatinal Review, Cambridge, v.57, n.1, p.1-22, 1987.

SKOVSMOSE, O. Desafios da reflexão em educação matemática crítica. Campinas/SP: Papirus, 2008.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

VALE, I.; PIMENTEL, T. O pensamento algébrico e a descoberta de padrões na formação de professores. In: Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional. v.3, n.1. Escola Superior de Educação em Lisboa. Portugal, p. 98124, 2013.

WEISZ, T. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. 2. ed. São Paulo: Ática, 2000.

ZEICHNER, K. M. Repensando as conexões entre a formação na universidade e as experiências de campo na formação de professores em faculdades e universidade. Educação, v. 35, n. 3, p. 479-504, 2010.

Downloads

Publicado

2021-05-01

Como Citar

Teres, S. L. L., & Grando, R. C. (2021). Percepções de professores que ensinam matemática participantes de um grupo de estudos colaborativo. Com a Palavra, O Professor, 6(14), 164–183. https://doi.org/10.23864/cpp.v6i14.626